sexta-feira, 18 de julho de 2008

Equipe acreana de Kung fu vai ao mundial e conquista 21 medalhas de ouro



Mulheres foram destaque da competição. Grupo já garantiu três vagas para fazer parte da equipe que representará o Brasil no Sul-americano. Atletas desfilaram em carro aberto pelas ruas da capital.
O Campeonato Mundial de Kung Fu ocorrido no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, teve a equipe acreana como um dos principais destaques. O Acre conquistou 28 medalhas no total (21 de ouro, 4 de prata e 3 de bronze), na categoria infanto-juvenil. As mulheres conquistaram o maior número de medalhas de ouro, 17 no total.
“Não tenho certeza dos fatores que levam os atletas do Acre a se destacarem no Kung Fu. Desconfio que além da condição de esforço a que todo atleta tem que se submeter, esses meninos e meninas encontram no esporte uma possibilidade de esperança muito presente, muito forte”, avaliou Glenylson Araújo, o “mestre Nil”, instrutor.
Com o gabarito de também ter sido campeão mundial e de atualmente coordenar uma equipe de 31 instrutores da arte marcial para mais de 2,5 mil crianças da capital espalhadas em 28 escolas, “Nil” sabe como a adversidade é importante para a superação dos limites de um atleta.
“Tenho dificuldades como todo mundo, mas dá para superar porque lutar Kung Fu foi sempre o que eu quis fazer”, disse a pequena Kellysa Silva Muniz, 13, medalha de ouro na categoria “combate” e também estudante da escola Francisco Salgado Filho. “Sem ser uma boa aluna, não dá para ser uma campeã”. Os fatores eliminatórios para fazer parte do time acreano são o comportamento entre os amigos da escola, estar estudando e tirar boas notas. Sem respeitar essas condições, não há como fazer parte da equipe, segundo afirmou o mestre “Nil”.
Gilscicléia Silva de Araújo, 14, foi campeã na categoria “combate”. Pratica Kung Fu há apenas um ano e dá uma dica especial para quem pretende praticar a arte marcial. “O estudo está em primeiro lugar e depois o equilíbrio e a necessidade de respeitar o outro vem naturalmente”.
Nas categorias “combate” (duelo entre dois oponentes) e “rotina” (apresentação com algum instrumento de luta), a equipe acreana enfrentou atletas do México e Argentina. “Competimos com atletas paulistas também, mas a empolgação maior foi contra os argentinos. Foi preciso a organização pedir que os ânimos fossem acalmados”, lembra “Nil”.
O desempenho dos acreanos foi tão destacado que a Confederação Brasileira de Kung Fu já garantiu três vagas para que atletas do Acre participem do Campeonato Sul-americano a ser realizado nos Estados Unidos em data ainda a sem data definida.

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